Mike Deodato


Mike Deodato (Campina Grande, 23 de maio de 1963), por vezes creditado como Mike Deodato Jr., é o pseudônimo do profissional brasileiro de histórias em quadrinhos Deodato Taumaturgo Borges Filho.
Deodato se tornou quadrinista influenciado pelo seu pai, Deodato Borges, que lhe ensinou a desenhar e foi quem lhe apresentou primeiramente os trabalhos dos mestres Will Eisner, Burne Hogarth e outros. Seu pai era jornalista, radialista, roteirista além de quadrinista, criador do personagem "Flama" nos idos de 1963. Surgido nas novelas de rádio, o personagem foi um dos primeiros a aparecer em revistas em quadrinhos publicadas no Nordeste brasileiro.

Aos 15 anos, em fins da década de 70 lançou sua primeira revista independente de HQ de seu personagem, o Ninja, em parceria com José Augusto (roteiro), em formato de fanzine.

Nos anos 80 publica regularmente charges e cartuns em jornais da Paraíba até lançar o personagem "Carcará". Na mesma década publica uma revista tamanho gigante - a semelhança das edições de fim-de-ano dos gibis americanos - "3000 Anos Depois", uma saga de ficção científica. Logo depois lança "A História da Paraíba" em quadrinhos.

Deodato acontece para o mundo depois de desistir do curso de comunicação pela UFPB, e participar do XIII Salão Internacional de Angoulême, na França. A partir daí, ao mesmo tempo em que trabalha como diagramador e desenhista nos jornais paraibanos, publica trabalhos na Europa (Bélgica, França e em Portugal).

Na década de 90, desenha "Lost in Space" e "Beauty and the Beast", pelo selo de quadrinhos americano Innovation Comics, sendo estas baseadas em séries de TV. Desenhou ainda "Miracleman Triumphant"(com Fred Burke no roteiro) pela editora Eclipse, e "Hibrides", com arte-final de Neal Adams, um monstro sagrado dos quadrinhos, na Editora Continuity do próprio Neal Adams.

Se tornou conhecido no mercado americano e mais ainda no brasileiro ao desenhar em 1994 a "Mulher-Maravilha" (DC Comics). Antes, em 1992, ele já tinha feito um trabalho para a Malibu Comics (Santa Claws, conhecido como "Noite Mortal" no Brasil). Contratado pela Marvel Comics, ele ilustraria vários heróis conhecidos tais como "Os Vingadores", "Thor", "Hulk", além da revista mensal de "Elektra" dentre muitos outros. Pela Image Comics desenhou Glory, série publicada no Brasil pela Editora Abril.

O traço "clássico" de Deodato apesar de lembrar ilustres antecessores (Frank Frazetta, Neal Adams, Will Eisner) tem um domínio do claro-escuro digno de nota, seja em preto-e-branco ou colorido. O traço "comics" de Deodato, apesar de ter a agilidade típica dos quadrinhos norte-americanos, inicialmente influenciado pelo desenho de Jim Lee, passeia entre a caricatura e o desenho estilizado-realista.

O Ano De Mike Deodato


Esqueça a formação original dos Vingadores, saída da cabeça de Stan Lee e Jack Kirby em 1963. Segundo a revista deste mês do supergrupo da Marvel, publicada na semana passada, nos EUA, os personagens Thor, Homem de Ferro, Hulk, Homem-Formiga e Vespa não foram os primeiros membros da equipe que, ultimamente, anda bastante heterogênea, com integrantes como Wolverine, Homem-Aranha, Luke Cage, Coisa e até o Doutor Estranho.

O número 10 da revista "The New Avengers" (acima) traz estampado na capa o ano 1959 e uma formação para lá de estranha da equipe de heróis da Marvel: Dentes-de-Sabre, Namora, Dominic Fortune, Dum Dum Dugan, Ulysses Bloodstone e Kraven. Todos liderados por Nick Fury, que resolve criar o grupo de mercenários para caçar o Caveira Vermelha e recuperar a Fórmula Infinita, a responsável pela longevidade do comandante da S.H.I.E.L.D..

Quem resume, por email ao Gibizada, a trama criada pelo roteirista Brian Michael Bendis é o paraibano Mike Deodato, que desde o mês passado é o desenhista titular da revista dos Vingadores. Ele assume a equipe no tempo presente enquanto que o veterano Howard Chaykin, em participação especialíssima, cuida da outra, do passado:

- Comecei com o número nove e pretendo ficar por um bom tempo, mas é difícil prever por quanto tempo ainda ficarei. Veja, eu estava nos Vingadores Secretos e achava que iria ficar por pelo menos uns dois anos, mas aí o Ed Brubaker disse que só iria ficar até o número doze porque não estava se sentindo confortável com o título, que se sentia melhor escrevendo pra revistas com personagens solo etc. Como Stuart Immonnen tava saindo de Novos Vingadores pra trabalhar no evento "Fear Itself", Bendis aproveitou e me chamou pra voltar a trabalhar com ele, o que foi um pedido irrecusável já que nos damos muito bem.

Deodato tem se dado bem não só com o roteirista, mas também com a Marvel. Tanto que a editora americana resolveu homenageá-lo com um belo porfólio de ilustrações feitas pelo brasileiro ao longo destes 15 anos trabalhando para a Casa das Ideias. Com o título de "The Marvel art of Mike Deodato", o livrão de capa dura e 240 páginas, sai em julho, na Comic Con de San Diego. Até então só dois artistas haviam recebido este presente: Marko Djurdjevic e Joe Quesada, que até o ano passado era o editor chefe da Marvel.

- O livro ainda está em produção e, na semana passada, tive a amarga missão de cortar cerca de 25 capas que não iriam caber. E olhe que era uma lista resumida! Tenho muito trabalho na Marvel - explica Deodato. - Tô por lá desde 1995 e só me ausentei por dois anos nesse tempo. Fiquei muito, muito contente com a notícia de que iriam produzi-lo. Sempre sonhei em ter um livro desses, mas nunca achei que estava pronto e também não queria produzi-lo eu mesmo, como muitos fazem. Vou confessar que o que mais tá me deixando ansioso é saber a opinião de colegas e ídolos sobre meu trabalho. Fiz questão de fazer uma capa inédita e incluí os personagens que, em minha opinião, foram os mais marcantes em minha carreira.

Enquanto aguarda, ansioso, o lançamento do livro, e a estreia do filme de Thor, "O trailer tá simplesmente espetacular, mal posso esperar", Deodato se dedica a outros projetos, como a capa do primeiro disco da banda conterrânea Seu Pereira e Coletivo 401 (à esquerda), e uma HQ em homenagem ao pai da Turma da Mônica:

- Conheço Jonathas (vocalista da Seu Pereira) já faz uns dez anos. 

Meu irmão era baterista da banda. A gente tem um monte de gosto em comum e eu sempre fui fã do som, principalmente das letras. Quando ele disse que finalmente ia lançar um CD eu me ofereci para fazer a capa. E o título da história que eu fiz para o "MSP Novos 50" (terceiro volume da série que traz 50 autores homenageando Mauricio. Sai em setembro, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro) foi ideia dele. É minha primeira HQ nacional em vinte anos, acho. Fora isso tenho a revitalização do Flama, personagem criado pelo meu pai nos anos sessenta, que está sendo revisitado pelo meu amigo Rodrigo Salem. Para a Marvel, fora os Vingadores, de vez em quando faço uma historinha curta, como a comemorativa do Capitão América, para o número 616 (abaixo). Nesta, por sinal, experimentei um estilo mais solto, sem uso de régua, sujo, bem no estilo dos quadrinhos espanhóis da Warren nos anos setenta, com influências de Ortiz e Frazetta. Fiquei bem animado com o resultado.

Fontes: Gibizada,Wikipédia







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